A partir desta segunda-feira (23), as farmácias brasileiras estão obrigadas a vender canetas emagrecedoras apenas com retenção de receita médica, uma medida que visa aumentar o controle sobre a comercialização desse medicamento. Essa decisão, anunciada pela Anvisa em abril, estabelece que a receita deve ser feita em duas vias e contém informações detalhadas, como dados do paciente e dosagem do produto. O prazo de validade das receitas é de 90 dias, refletindo a preocupação com o uso seguro e responsável dessas substâncias, que têm como finalidade o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.
A implementação dessas novas normas responde a um crescente alerta sobre o uso inadequado das canetas, que, embora eficazes em condições clínicas específicas, têm sido amplamente empregadas para fins estéticos. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia expressou a necessidade de um controle mais rigoroso, enfatizando que a utilização dessas medicações deve ser restrita a pacientes que realmente necessitam delas. A medida não apenas pretende coibir a automedicação, mas também garantir que os profissionais de saúde realizem um acompanhamento adequado dos pacientes, considerando os riscos associados ao uso não supervisionado, como efeitos colaterais e complicações de saúde.
O futuro da comercialização de canetas emagrecedoras no Brasil poderá ser moldado por estas novas diretrizes, que refletem uma tendência global de maior regulamentação em medicamentos que têm efeito sobre o peso corporal. A expectativa é que, com o aumento do controle, haja uma diminuição nos casos de uso indevido e, consequentemente, uma melhoria na saúde pública. Entretanto, especialistas alertam que a educação e conscientização sobre os riscos associados ao uso dessas substâncias são igualmente essenciais para que a população compreenda a importância de seguir as orientações médicas, garantindo um tratamento seguro e eficaz.