Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), desenvolveram uma tecnologia que pode ampliar a produção nacional de etanol em 16 bilhões de litros anuais. A descoberta utiliza enzimas extraídas do bagaço da cana-de-açúcar para otimizar a fabricação do biocombustível.
O estudo partiu da observação do processo natural de deterioração do bagaço na natureza, onde os cientistas isolaram uma enzima capaz de produzir um líquido escuro – batizado de ‘coquetel’ – que potencializa a produção de etanol. A pesquisa também mapeou geneticamente uma bactéria pouco estudada que se alimenta do resíduo da cana, revelando novos mecanismos biológicos.
Segundo os pesquisadores, a tecnologia representa um avanço significativo para o setor de biocombustíveis, pois permite aproveitar melhor a biomassa disponível. O CNPEM estima que a inovação poderá ser implementada nas usinas brasileiras em médio prazo, fortalecendo a posição do país como líder em energias renováveis.