As principais empresas da indústria musical estão em negociações avançadas com startups de inteligência artificial (IA) para estabelecer acordos de licenciamento. O objetivo é criar um modelo que defina como os artistas serão remunerados quando suas músicas forem usadas em conteúdos gerados por IA. Entre os pontos discutidos está a implementação de sistemas de rastreamento semelhantes ao Content ID do YouTube, que permitiriam identificar o material de origem e garantir pagamentos aos detentores de direitos autorais.
As gravadoras também buscam maior controle sobre o desenvolvimento e o uso de ferramentas de música generativa, incluindo possível participação no design dos produtos. No entanto, um dos desafios é estabelecer modelos de compensação que atendam a catálogos inteiros e, ao mesmo tempo, acalmem artistas preocupados com o uso não autorizado de suas obras. Propostas incluem cláusulas que permitiriam a músicos excluir seus trabalhos de determinadas aplicações de IA.
Os resultados dessas negociações podem definir precedentes importantes para o uso de propriedade intelectual em IA generativa no setor de entretenimento. Enquanto legisladores debatem regulamentações, um consenso entre as partes pode acelerar a adoção ética e comercial da tecnologia. Os acordos também podem resolver disputas judiciais em andamento e até mesmo incluir participações acionárias das gravadoras nas startups de IA.