A Comissão Europeia impôs uma multa total de 329 milhões de euros a duas empresas de delivery por envolvimento em práticas anticompetitivas. As companhias foram acusadas de formar um cartel, incluindo acordos para não contratar funcionários umas das outras, compartilhar informações confidenciais e dividir mercados dentro da União Europeia por quatro anos. O valor da penalidade reflete a gravidade das violações, que limitaram a concorrência e prejudicaram consumidores, parceiros e trabalhadores.
O caso marca a primeira vez que o regulador europeu pune empresas por estabelecerem “acordos de não-contratação”, que restringem a mobilidade de trabalhadores no mercado. Além disso, é a primeira sanção aplicada a uma empresa por usar sua participação acionária em uma concorrente para influenciar seu comportamento. Ambas as companhias admitiram as irregularidades e cooperaram com a investigação, o que resultou em uma redução no valor das multas.
A Comissão destacou que práticas como essas reduzem a inovação e as oportunidades no setor, prejudicando a economia como um todo. Uma das empresas afirmou ter reservado recursos para cobrir a multa, demonstrando que já esperava pelo desfecho da investigação. O caso serve como um alerta para o mercado sobre as consequências de violações às regras de concorrência na UE.