Enquanto 133 cardeais se reúnem a partir desta quarta-feira (6) no Vaticano para eleger o novo papa, as mulheres – que representam mais da metade dos 1,3 bilhão de fiéis católicos no mundo – permanecem excluídas do processo decisório. Apesar de constituírem a base da Igreja, elas não podem votar no conclave, ser ordenadas sacerdotes ou alcançar o cardinalato.
Nos últimos anos, o papa Francisco promoveu avanços históricos, nomeando freiras para cargos de segundo escalão na Cúria Romana. Em 2021, destacou-se a nomeação da irmã Rafaella Petrini como governadora-geral da Cidade do Vaticano, tornando-a a mulher com maior autoridade no Estado pontifício.
Apesar desses progressos, especialistas apontam que a estrutura hierárquica da Igreja Católica mantém barreiras intransponíveis para a plena participação feminina. Enquanto o novo papa é escolhido exclusivamente por homens, as discussões sobre a inclusão de mulheres em posições de liderança continuam sendo um dos grandes debates não resolvidos no seio da instituição.