A segunda sessão da Reunião de Mulheres Parlamentares do BRICS discutiu estratégias para enfrentar a crise climática com perspectiva de gênero. As participantes destacaram a necessidade de capacitação técnica, igualdade no acesso a recursos naturais e financiamentos verdes para mulheres, especialmente em comunidades vulneráveis. Propostas como a criação de um fundo específico para projetos liderados por mulheres e plataformas de educação climática foram apresentadas, com o objetivo de transformar discursos em ações efetivas.
As parlamentares reforçaram que a crise climática afeta mulheres de forma desigual, aumentando riscos como violência, deslocamentos e dificuldades econômicas. Dados citados mostram que mulheres têm 14 vezes mais chances de morrer em desastres naturais, além de enfrentarem sub-representação em decisões sobre políticas ambientais. Defendeu-se maior participação feminina em instâncias de poder e direcionamento de recursos para iniciativas lideradas por mulheres, consideradas essenciais na transição ecológica.
O debate também abordou a importância de incluir conhecimentos tradicionais, como os de povos indígenas, na proteção da biodiversidade. Enquanto a maioria das participantes defendeu a integração transversal de gênero nas políticas climáticas, uma parlamentar argumentou que o empoderamento feminino não deve estar vinculado a temas específicos. O encontro terminou com um chamado por cooperação entre os países do BRICS para promover equidade e soluções sustentáveis.