Chayene Pereira Lima, de 29 anos, foi encontrada morta em um terreno baldio nas proximidades da Rodoviária Internacional de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, na tarde de segunda-feira, 23. A vítima, natural de Santa Terezinha de Itaipu, apresentava sinais evidentes de agressão, incluindo hematomas e uma perfuração na cabeça, confirmando a brutalidade do crime. A Polícia Militar isolou a área até a chegada das equipes da Polícia Científica e da Polícia Civil, que iniciaram uma investigação sobre o caso, tratado como homicídio. Este trágico evento levanta questões sobre a segurança da população LGBTQIA+ na região, refletindo uma realidade alarmante e frequentemente ignorada.
A descoberta do corpo ocorreu quando um homem que realizava manutenção em uma panificadora nas proximidades percebeu o furto de sua caixa de ferramentas e decidiu investigar o terreno baldio. Ao encontrar Chayene, ele imediatamente acionou a polícia, mas a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou que a vítima já estava sem vida. Segundo a Polícia Científica, a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico provocado por agressões físicas, com marcas de violência em diversas partes do corpo. Este caso destaca não apenas a violência contra pessoas trans, mas também a necessidade urgente de políticas públicas e proteção para essa comunidade, que enfrenta altos índices de discriminação e violência.
As implicações desse crime vão além do luto imediato, refletindo um padrão preocupante de violência contra minorias em Foz do Iguaçu e em todo o Brasil. Especialistas em direitos humanos e representantes de organizações LGBTQIA+ já apontam que a falta de proteção e visibilidade para essas populações pode resultar em consequências devastadoras. Com as investigações em andamento, espera-se que a polícia não apenas encontre os responsáveis, mas também que esse caso sirva como um catalisador para mudanças sociais e políticas necessárias. A morte de Chayene deve ser um alerta para a sociedade, que precisa refletir sobre a urgência de uma cultura de respeito e a promoção da igualdade, especialmente em um momento em que a luta por direitos humanos se torna cada vez mais crucial.