Patrícia Luciane da Costa Silva, 51 anos, personifica a realidade de 48,6% dos lares gaúchos chefiados por mulheres. Com jornada diária de 12 horas, sete filhos e seis netos, ela mantém a família unida em Porto Alegre enquanto enfrenta desafios financeiros cotidianos.
A matriarca, que também cuida de três gatos e um cachorro, tornou-se o eixo organizacional da família. Seu exemplo de resiliência inspira parentes, mas esconde a exaustão de quem equilibra múltiplos papéis. “Nunca quis ser rica, só não queria me preocupar em comprar pão todo dia”, revela Patrícia à RBS TV.
Os dados do IBGE reforçam que o cenário de Patrícia não é isolado: quase metade dos domicílios gaúchos tem mulheres como principais provedoras. Especialistas apontam que essa realidade frequentemente vem acompanhada de duplas ou triplas jornadas, com impactos na saúde física e mental das chefes de família.