As recentes alterações nas políticas comerciais dos Estados Unidos, divulgadas em um relatório da Moody’s nesta quarta-feira, 25, revelam um cenário complexo para a América Latina, repleto de vulnerabilidades e oportunidades. A análise aponta que, embora setores como o agronegócio possam prosperar com a guerra tarifária entre EUA e China, outras áreas, como mineração e siderurgia, enfrentam riscos significativos. Essas dinâmicas se desenrolam em um momento crítico, evidenciando um impacto direto nas relações comerciais e na economia da região.
Conforme a Moody’s, o agronegócio da América Latina está posicionado para se beneficiar da crescente demanda chinesa por carne bovina, suína e de aves, uma consequência indireta das tarifas impostas pelos EUA. Em contraste, os setores de mineração e siderurgia, altamente dependentes da demanda chinesa, enfrentam desafios que podem desestabilizar suas operações. A pressão sobre os preços de commodities como minério de ferro e carvão metalúrgico pode afetar diretamente a rentabilidade de empresas como CSN e Usiminas, enquanto a Gerdau pode se beneficiar de sua produção nos EUA. Este panorama ressalta a necessidade de adaptação e resiliência por parte dos stakeholders locais, incluindo governos e indústrias.
O futuro das relações comerciais entre América Latina e EUA parece incerto, com tendências que podem moldar as economias da região de maneiras inesperadas. As próximas semanas serão cruciais, à medida que empresas e governos tentam se ajustar a esta nova realidade comercial. A possibilidade de um aumento nas importações de aço pode intensificar a pressão sobre os preços locais, no entanto, a adaptação pode abrir novos mercados e oportunidades. Assim, a reflexão se torna inevitável: como a América Latina poderá equilibrar vulnerabilidades e oportunidades em um cenário global em rápida transformação?