Duas alterações recentes nas Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs) prometem tornar esses investimentos mais atrativos no médio prazo. O Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu o prazo mínimo de vencimento de seis meses para ambos os títulos, aumentando a liquidez para os investidores. Além disso, a partir de julho, financeiras poderão emitir LCIs, ampliando a diversidade de emissores e criando oportunidades para carteiras mais diversificadas.
Especialistas destacam que as mudanças trazem benefícios, como maior liquidez e opções de risco e retorno variados, mas também exigem cautela. Investidores menos experientes podem não perceber as diferenças de risco entre papéis emitidos por grandes bancos e financeiras menores, tornando essencial analisar o histórico e a classificação de crédito dos emissores. A concorrência pode levar a taxas mais atrativas inicialmente, mas também há expectativa de compressão nos spreads, dependendo da percepção de risco do mercado.
Apesar das oportunidades, os analistas recomendam equilíbrio entre otimismo e prudência. A proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) oferece segurança até R$ 250 mil por CPF, mas concentrações excessivas devem ser evitadas. Títulos de curto prazo podem ser uma alternativa para reduzir riscos, especialmente considerando que algumas instituições menores podem ter dificuldade em oferecer liquidez antecipada. O cenário sugere um mercado em transformação, com potencial para atrair mais investidores em busca de isenção fiscal e retornos competitivos.