Stanley Fischer, um dos economistas mais influentes do século 20 e 21, faleceu no último sábado (31), aos 81 anos. Sua morte foi confirmada pelo Banco de Israel, instituição que ele presidiu entre 2005 e 2013, período que incluiu a crise financeira global. Fischer também ocupou cargos de destaque no Federal Reserve (FED) dos EUA, no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI), onde desempenhou papel crucial durante crises econômicas nas décadas de 1990 e 2000.
Nascido na Zâmbia, então Rodésia do Norte, Fischer formou-se em economia na London School of Economics e obteve seu PhD no MIT, onde mais tarde lecionou e moldou gerações de economistas, incluindo nomes como Ben Bernanke e Mario Draghi. Seu livro “Macroeconomics” tornou-se uma referência acadêmica, e suas contribuições ao pensamento Novo-Keynesiano influenciaram políticas econômicas globais. Fischer defendia que bancos centrais deveriam intervir ativamente para equilibrar ciclos econômicos, princípio que aplicou em suas gestões no FMI e no Banco de Israel.
Além de seu legado técnico, Fischer era reconhecido por sua integridade e sensibilidade social. O presidente de Israel, Isaac Herzog, o descreveu como um “profissional de classe mundial com um coração de ouro”. Sua carreira, que transitou entre a academia, instituições multilaterais e o setor privado, deixou marcas profundas na macroeconomia moderna, consolidando-o como uma figura central na história econômica recente.