O jornalista e escritor Cícero Sandroni morreu aos 90 anos, conforme confirmado pela Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta terça-feira, 17. Ex-presidente da ABL entre 2008 e 2009, Sandroni era conhecido por obras como ‘O Diabo só chega ao meio-dia’ e por sua trajetória no jornalismo. Ele deixa a esposa Laura Constância de Athayde Sandroni, cinco filhos e um neto.
Nascido em São Paulo em 26 de fevereiro de 1935, Sandroni iniciou a carreira em 1954 na Tribuna da Imprensa e atuou em veículos como Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo, onde se destacou na cobertura de política externa. Em 1960, integrou a equipe que cobriu a inauguração de Brasília e assumiu a Secretaria de Imprensa da Prefeitura do Distrito Federal.
Durante o regime militar, trabalhou na Tribuna da Imprensa de Hélio Fernandes e em O Cruzeiro, além de fundar uma empresa gráfica que lançou as primeiras edições da revista Ficção. Também criou a editora Edinova, pioneira na difusão da literatura latino-americana. Membro da ABL desde 2003, Sandroni teve passagens como editor em revistas como Manchete e colaborou com publicações como Elle e O Globo.