O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quarta-feira (18.jun.2025) o fim do sigilo sobre a investigação que apura o uso indevido da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para fins políticos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no caso conhecido como ‘Abin paralela’. A decisão torna público o relatório da PF (Polícia Federal) que lista os indiciados.
O documento revela a existência de uma estrutura paralela dentro da Abin, supostamente utilizada para monitorar adversários políticos e autoridades sem justificativa legal. Entre os alvos estariam juízes, parlamentares e até mesmo membros do próprio governo Bolsonaro, segundo trechos do relatório.
A decisão de Moraes ocorre após pedido do MPF (Ministério Público Federal), que argumentou pela transparência do caso diante do interesse público. O ministro destacou que a divulgação não prejudica as investigações em andamento e atende ao princípio constitucional da publicidade processual.