A Moody’s revisou as perspectivas de 21 instituições financeiras brasileiras, alterando-as de positiva para estável, em linha com a mudança no rating soberano do Brasil. A agência manteve os ratings de depósitos de longo prazo, dívida sênior sem garantia e avaliações de crédito base (BCAs) para bancos como Banco do Brasil, BNDES, Itaú Unibanco, Bradesco e outros. A decisão reflete a interligação entre a qualidade do crédito soberano e a posição das instituições financeiras no país.
Entre as avaliações reafirmadas estão os ratings de depósito em moeda local e estrangeira, além dos Ratings de Risco de Contraparte (CRR) e Avaliações de Risco de Contraparte (CRA) para 15 bancos. A Moody’s destacou que, embora haja expectativa de suporte governamental a algumas instituições, os ratings permanecem limitados pelo rating soberano do Brasil (Ba1). A mudança na perspectiva reduz a probabilidade de upgrades conjuntos no curto prazo.
A agência ressaltou que a estabilidade do cenário macroeconômico e do mercado financeiro influencia diretamente a capacidade de crédito dos emissores nacionais. Bancos, em particular, têm forte conexão com a avaliação soberana, o que justifica a revisão das perspectivas. A lista de instituições afetadas inclui desde grandes bancos até cooperativas e bancos regionais, como Sicredi, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste.