Especialistas alertam para os danos emocionais graves causados por montagens pornográficas feitas com imagens de vítimas, especialmente quando envolvem inteligência artificial. Desde a última quinta-feira (24), a legislação brasileira passou a prever aumento de pena para crimes de violência psicológica cometidos com tecnologias que alterem voz ou imagem. O fenômeno conhecido como ‘fake nudes’ ou ‘deep nudes’ tem se tornado uma forma crescente de agressão digital.
De acordo com a nova legislação, a violência psicológica, que já era crime desde 2021 com pena de seis meses a dois anos de prisão, terá sua punição agravada quando utilizar recursos tecnológicos para manipulação de imagens ou áudios. As vítimas desses crimes sofrem impactos profundos em sua saúde mental e vida social, exigindo medidas específicas de proteção e reparação.
Especialistas orientam as vítimas a reunirem provas e realizarem denúncias imediatas. A coleta de evidências digitais é crucial para a identificação dos agressores e a aplicação da lei. Organizações de defesa dos direitos das mulheres destacam a importância de campanhas de conscientização sobre os riscos e consequências dessas práticas criminosas.