O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes solicitou a inclusão do nome da deputada Carla Zambelli (PL-SP) na Difusão Vermelha da Interpol, mecanismo internacional para compartilhamento de informações sobre foragidos. O pedido será analisado pela secretaria-geral da organização, que avaliará critérios como possíveis motivações políticas, raciais ou de origem. Caso aprovado, os dados de Zambelli estarão disponíveis para as polícias dos 196 países-membros da Interpol.
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e anunciou que deixou o Brasil. Nesta quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva. Recentemente, o banco de dados da Interpol foi fundamental na captura de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, apontado como sucessor de Marcola no PCC.
A Difusão Vermelha foi o primeiro banco de dados da Interpol, criado originalmente de forma analógica em 1947. Na década de 1980, os registros foram informatizados, e hoje a organização possui 19 bancos de dados, incluindo impressões digitais, perfis de DNA e documentos falsificados. Além da Difusão Vermelha, a Interpol possui outros alertas com finalidades específicas, conforme detalhado em infográficos disponíveis no site da organização.