O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira (17) o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para anular o acordo de delação premiada de seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid. O pedido foi feito após a revista Veja publicar que Cid teria mentido em depoimento prestado ao STF na semana passada, na ação penal da trama golpista, da qual o militar é réu.
Na decisão, Moraes considerou que o momento processual não é adequado para analisar a anulação do acordo, destacando que o mesmo pedido já foi negado diversas vezes durante o processo. O ministro afirmou que se trata de um ‘pedido protelatório’, caracterizado pela repetição de solicitações indeferidas anteriormente.
A defesa de Bolsonaro alega que Cid descumpriu as cláusulas de sigilo do acordo ao supostamente vazar informações de seus depoimentos por meio de perfis no Instagram. A defesa do militar negou as acusações, classificando a reportagem da Veja como ‘mentirosa’ e afirmando que os perfis em questão não têm relação com Cid ou sua esposa.