O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu os interrogatórios dos oito réus acusados de envolvimento em uma suposta trama golpista em 2022. As oitivas ocorrerão presencialmente a partir da próxima semana, no plenário da Primeira Turma do tribunal, seguindo ordem alfabética após o depoimento inicial de um colaborador da investigação. Apenas um dos acusados, atualmente preso, será ouvido por videoconferência.
Durante a audiência, o relator reforçou que os interrogatórios são parte do direito de defesa dos envolvidos, que poderão se manifestar sobre as acusações ou permanecer em silêncio. Medidas cautelares, como a proibição de comunicação entre os réus, foram mantidas, embora o contato formal no ambiente do tribunal seja permitido. O STF já havia aceitado a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que inclui crimes como organização criminosa e tentativa de golpe de Estado.
O avanço do processo pode influenciar o cenário político, especialmente devido ao possível impacto nas eleições de 2026. O caso também afeta diretamente um dos réus, que já foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O julgamento de mérito no STF pode ocorrer ainda este ano, conforme esforço para evitar interferências no próximo ciclo eleitoral.