O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a Polícia Federal ouça novamente um senador no prazo de 15 dias. A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que identificou indícios de possível tentativa de influenciar o depoimento do parlamentar em um processo que investiga supostos atos contra a ordem democrática após as eleições de 2022.
De acordo com a PGR, uma reportagem indicou que o senador teria sido contatado por telefone dias antes de prestar seu depoimento inicial. A suspeita é que a conversa teve como objetivo alinhar a versão apresentada ao STF, reforçando a tese de que não houve intenção de ruptura institucional. O órgão avalia que o episódio pode configurar crime de constrangimento ou coação de testemunha.
O novo depoimento será realizado em processo separado, sob sigilo, mas vinculado à ação penal principal. O caso ganha complexidade à medida que investiga supostas articulações para impedir a posse do presidente eleito em 2022, com envolvimento de figuras do governo anterior. A medida reforça a apuração sobre eventuais interferências no curso da investigação.