Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva do coronel Marcelo Câmara, acusado de integrar o núcleo militar envolvido em um suposto plano golpista. A defesa do coronel foi procurada pelo Estadão para se manifestar, mas não havia respondido até o fechamento desta edição.
Na decisão, Moraes destacou que o coronel tentou obter informações sigilosas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, o que poderia configurar obstrução de investigação. O ministro também apontou o descumprimento de medidas cautelares, como a proibição de usar redes sociais e manter contato com outros investigados.
O advogado Eduardo Kuntz, que defende Marcelo Câmara, apresentou ao STF mensagens trocadas com Mauro Cid através de um perfil falso no Instagram. As conversas foram usadas para tentar anular a delação. Moraes considerou que o advogado ultrapassou os limites legais da profissão e abriu um inquérito para investigar ambos. (Agência Estado)