Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que eventuais sanções dos Estados Unidos contra magistrados da Corte não são motivo de preocupação. Durante um evento em Brasília, ele destacou que a pressão psicológica sobre os ministros e suas famílias é a principal dificuldade enfrentada, mas isso não afetará suas decisões. A declaração foi feita após um órgão do governo norte-americano publicar uma mensagem em redes sociais sugerindo medidas contra “inimigos da liberdade de expressão”.
Entre as possíveis sanções discutidas está a aplicação da Lei Global Magnitsky, usada para punir violações de direitos humanos, contra um ministro do STF. Autoridades dos EUA mencionaram a possibilidade de utilizar esse mecanismo, que já foi aplicado contra grupos e governos acusados de crimes graves. O ministro brasileiro, no entanto, manteve sua postura de que ameaças externas não influenciarão o trabalho da Corte.
No mesmo evento, o ministro defendeu a participação de magistrados em debates públicos, argumentando que o diálogo é essencial no atual momento histórico. Ele também comentou questões que podem chegar ao STF, como a revisão do aumento do IOF e a flexibilização das regras de licenciamento ambiental, afirmando que temas polêmicos tendem a ser judicializados e discutidos no Supremo.