O ministro da Fazenda afirmou que é necessária uma decisão política para enfrentar os desafios fiscais do país, combinando medidas de curto e longo prazo. Durante conversa com jornalistas, ele destacou que a regulamentação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) deve ser aprimorada, mas não será suficiente sem avanços estruturais. O ministro reforçou a importância de um debate amplo, com transparência e previsibilidade, para estabelecer regras claras e sustentáveis.
Ele também comentou as discussões com os presidentes da Câmara e do Senado, destacando que há consenso sobre a necessidade de soluções mais profundas antes da viagem do presidente à França. O ministro adiantou que as propostas em análise buscam corrigir distorções tributárias e equilibrar as contas públicas, evitando medidas paliativas. No entanto, não detalhou quais medidas específicas estão sendo consideradas, apenas descartou mudanças na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) por não serem adequadas ao momento atual.
Por fim, o ministro ressaltou a urgência em resolver a falta de compensação da desoneração da folha de pagamentos, que já dura um ano e meio e representa um déficit de R$ 22 bilhões no orçamento. Ele defendeu que as medidas estruturais em discussão podem oferecer uma perspectiva mais estável, evitando soluções temporárias. A expectativa é que uma definição seja alcançada ainda nesta semana, em diálogo com o Congresso e o governo.