O ministro da Fazenda afirmou que o contribuinte nem sempre é prejudicado no Brasil, destacando que o Estado também enfrenta “insegurança jurídica enorme”. Durante evento em Brasília, ele citou os benefícios fiscais concedidos ao longo dos anos, que ultrapassam R$ 800 bilhões, e mencionou decisões judiciais que impactaram os cofres públicos, como a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. Segundo ele, a reforma tributária é essencial para resolver esse cenário.
O ministro classificou a reforma tributária como “o maior avanço institucional em décadas” para garantir segurança jurídica, destacando seu papel no combate ao “caís tributário”. Ele comparou sua importância ao plano de estabilização da moeda, mas reconheceu que nem todas as propostas do governo serão aprovadas sem ajustes no Congresso. Apesar disso, avaliou que houve avanços significativos nos últimos dois anos e meio.
Sobre o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), encerrado em março, o ministro afirmou que o tema está judicializado, mas expressou confiança em uma solução. Ele reiterou a necessidade de diálogo e negociação no processo legislativo, reforçando o equilíbrio entre medidas econômicas e o funcionamento da democracia.