O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou críticas às renúncias fiscais e destacou a necessidade de revisar distorções no Orçamento. Ele mencionou que o impasse sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pode reabrir discussões sobre o tema, uma prioridade do governo no primeiro ano de gestão. Haddad afirmou que líderes do Congresso demonstraram abertura para debater medidas que corrijam essas distorções, visando fortalecer a arrecadação.
O governo busca reverter benefícios como a desoneração da folha de pagamentos em 17 setores, medida que enfrenta resistência no Legislativo. Apesar de um acordo para retomada gradual da cobrança, Haddad ressaltou que não houve compensação adequada pelas perdas de receita. Ele destacou que a desoneração, em vigor há um ano e meio, ainda carece de solução definitiva, pressionando o equilíbrio fiscal.
Haddad descartou o aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) como alternativa imediata ao IOF, devido ao prazo de adaptação exigido. A proposta, que já enfrentou rejeição no Congresso, não seria eficaz para resolver o déficit atual. O ministro enfatizou a urgência em encontrar soluções que equilibrem as contas públicas sem prejudicar setores estratégicos, como comunicação, beneficiado pela desoneração.