O ministro da Fazenda destacou que as agências de classificação de risco respondem à capacidade de iniciativa de um país, após a Moody’s manter a nota do Brasil em Ba1, mas rebaixar a perspectiva de positiva para estável. Ele explicou que, quando há estagnação nas medidas fiscais, as agências adotam uma postura de espera. O ministro evitou comentar especificamente a decisão da Moody’s, mas enfatizou a importância de avançar em reformas estruturais para melhorar a credibilidade do país.
Durante a conversa com jornalistas, o ministro abordou o decreto do IOF e alternativas mais sólidas para o ajuste fiscal, destacando diálogos positivos com líderes do Congresso e com o presidente da República. Ele reforçou que o governo não abrirá mão das metas fiscais acordadas e que prioriza soluções duradouras em vez de medidas paliativas. “Se o Congresso também prefere soluções estruturais, por que eu diria o contrário?”, questionou, defendendo a necessidade de manter a iniciativa nas discussões.
O ministro alertou que, sem avanços concretos, o país corre o risco de ficar estagnado, sem alcançar o grau de investimento desejado. Ele comparou o progresso dos primeiros anos com a atual desaceleração, atribuindo-a à falta de impulso nas reformas. “Se não retomarmos o debate com força, continuaremos patinando, sem chegar aonde precisamos”, concluiu, reforçando a urgência de medidas que garantam sustentabilidade fiscal.