O ministro da Fazenda destacou a necessidade de diálogo com o relator da reforma administrativa, Pedro Paulo, sobre dispositivos da PEC 32 que podem elevar gastos públicos. Ele afirmou que há um “fetiche” em torno da expressão “reforma administrativa”, mas alertou que, na prática, as contas não fecham, exigindo cautela. O ministro também lembrou que o governo já avançou em temas como super salários e aposentadorias das Forças Armadas, sugerindo que a discussão deveria começar pelo topo do serviço público.
Sobre a reforma do Imposto de Renda, o ministro rebateu críticas de prefeitos e governadores sobre possíveis perdas, destacando que os repasses da União têm sido robustos. Ele enfatizou que os esforços da Receita Federal no combate à sonegação e a gastos tributários indevidos beneficiam estados e municípios. “Tudo que arrecadamos aqui, repassamos em grande medida”, afirmou, defendendo a eficácia das medidas fiscais adotadas.
Questionado sobre o ressarcimento de vítimas de fraudes no INSS, o ministro disse que ainda discutirá o tema com o advogado-geral da União, sem adiantar detalhes sobre a abertura de crédito extraordinário. A postura reflete a abordagem cautelosa do governo em temas sensíveis, priorizando o equilíbrio fiscal e o diálogo institucional.