O Ministério da Fazenda rejeita a proposta de utilizar reservas de dividendos de estatais, como Petrobras, Banco do Brasil e BNDES, para compensar as perdas decorrentes da derrubada do decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A ideia, defendida por deputados da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é vista pelo governo como uma solução temporária, sem impacto duradouro nas contas públicas.
Segundo o Poder360, a Fazenda argumenta que a medida seria válida apenas para um exercício específico e já comunicou sua insatisfação a setores envolvidos. O ministro Fernando Haddad estima que o decreto do IOF gerará entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões em 2025, valor considerado insuficiente. Enquanto isso, líderes da Câmara dos Deputados marcaram a votação de um projeto que derruba o aumento do tributo, com expectativa de ampla rejeição ao governo.
Além do IOF, o governo editou uma medida provisória que eleva outros impostos, com impacto estimado em R$ 10 bilhões no ano. A medida, assim como o aumento do IOF, enfrenta resistência no Congresso. A estratégia de fortalecer a arrecadação com tributos financeiros visa reduzir a necessidade de cortes no Orçamento, mas tem sido alvo de críticas por parte de parlamentares.