O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) denunciou três homens por suspeita de integrarem uma milícia privada na zona rural de Ourilândia do Norte, sudeste do estado. Entre os acusados estão um policial militar e um fazendeiro da região, que teriam se organizado para cometer crimes em benefício próprio. A denúncia, apresentada em 31 de maio, aponta que o grupo agia de forma ilegal, utilizando intimidação e violência.
Segundo as investigações, os crimes estariam relacionados a um conflito envolvendo gado, com o grupo perseguindo e ameaçando um vizinho da propriedade rural. As acusações incluem porte ilegal de arma, extorsão, violação de domicílio e formação de milícia privada, crimes previstos no Código Penal e na Lei Antiterrorismo. O Ministério Público solicitou o recebimento da denúncia pelo Judiciário e a citação formal dos envolvidos.
O caso está em tramitação na comarca de Ourilândia do Norte, enquanto as autoridades seguem apurando as ações do grupo. A formação de milícias privadas é considerada um crime grave no Brasil, caracterizado pelo uso da força para controlar territórios de forma paralela ao Estado, muitas vezes com a participação ou conivência de agentes públicos.