O Brasil enfrentará um aumento de 50% na migração de milionários em 2025, com previsão de 1.200 indivíduos deixando o país, segundo a consultoria Henley & Partners. Esta estatística coloca o Brasil como o sexto país no ranking global de saída de milionários, mantendo a posição do ano anterior. Os destinos mais procurados por esses milionários, que buscam melhor qualidade de vida e segurança, incluem os Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Itália. Esta tendência de migração, que reflete uma busca por ambientes mais seguros e melhores serviços de saúde e educação, é um indicativo preocupante para a economia brasileira e transiciona para uma análise mais aprofundada das causas e impactos dessa fuga de capitais.
A Henley & Partners aponta que a instabilidade econômica, aliada à busca por regimes fiscais mais favoráveis e qualidade de vida superior, são os principais motivadores dessa migração. O CEO da consultoria, Juerg Steffen, realça que a mudança não se deve apenas a ajustes tributários, mas a uma percepção ampliada de que oportunidades, liberdade e estabilidade podem ser encontradas em maior grau no exterior. No contexto internacional, o Reino Unido, apesar de liderar as perdas por uma década, é seguido por uma nova tendência de saída de milionários também em países como França, Espanha e Alemanha. Este é um fenômeno global que sugere uma redistribuição geográfica da riqueza e poder, com implicações significativas tanto para os países que perdem quanto para os que ganham estes cidadãos de alta renda.
Olhando para o futuro, espera-se que essa tendência de migração de milionários brasileiros continue influenciando não apenas a política econômica interna, mas também as relações internacionais do Brasil. A longo prazo, o país poderá enfrentar desafios significativos em termos de investimento interno e desenvolvimento social, caso essa fuga de capitais persista. Como próximos passos, especialistas sugerem a necessidade de reformas estruturais que tornem o Brasil mais atrativo não apenas para manter seus cidadãos mais ricos, mas também para atrair investimentos estrangeiros. Este fenômeno é um lembrete claro de que as políticas internas têm impactos diretos na percepção global e na competitividade internacional do país.