Os mercados internacionais iniciaram a semana com cautela após o anúncio da duplicação das tarifas sobre aço e alumínio pelos EUA, medida implementada pelo presidente Donald Trump. No Brasil, o Ibovespa teve desempenho positivo, impulsionado pela alta de cerca de 3% no preço do petróleo e pela desvalorização do dólar frente ao real. Ações de empresas como Gerdau e Petrobrás se destacaram, com a primeira registrando alta de mais de 6% devido à sua exposição ao mercado norte-americano, enquanto a segunda foi beneficiada pelo cenário favorável da commodity.
A decisão da Moody’s de revisar a perspectiva de rating do Brasil de “positiva” para “estável” também influenciou o mercado, com a agência citando o aumento da dívida pública, projetada em 88% do PIB nos próximos cinco anos. Analistas destacam que a mudança alinha a Moody’s às outras agências de classificação, como S&P e Fitch, reforçando preocupações com o risco fiscal e a falta de medidas sustentáveis pelo governo. O cenário fiscal desfavorável e a indefinição sobre tributos, como o IOF, continuam a desestimular apostas mais otimistas em ativos domésticos.
Enquanto isso, o petróleo manteve trajetória de alta, subindo aproximadamente 3% devido a tensões geopolíticas e decisões da OPEP+, o que beneficiou as ações da Petrobrás. A Vale também registrou leve alta, mesmo sem referência do minério de ferro na China devido a feriado local. No front doméstico, o boletim Focus trouxe melhora nas expectativas de inflação, com o IPCA projetado em 4,81% para os próximos 12 meses, enquanto a taxa Selic manteve-se estável nas projeções para 2025. O Ibovespa operava em leve alta no início da tarde, refletindo um misto de otimismo pontual e cautela estrutural.