O mercado financeiro ainda aguarda com incerteza a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (18), mas já precifica um corte futuro da taxa Selic, segundo análise da XP. Raphael Figueredo, estrategista da instituição, afirmou que mesmo um eventual aumento de 0,25 ponto percentual não mudaria o cenário de fim do ciclo de alta dos juros. “Podemos dizer com certeza que estamos no fim do ciclo de alta da taxa de juros”, declarou durante o Morning Call da XP.
Figueredo destacou que o regime econômico mudou, passando de um cenário de inflação e juros altos para inflação em alta com juros em queda. Segundo ele, o mercado costuma antecipar esse movimento, o que já está sendo observado. Essa transição, de acordo com a análise, cria um ambiente mais favorável para a renda variável, com o Ibovespa apresentando retornos positivos em 62,5% dos casos históricos em condições similares.
A XP avalia que, neste contexto, ações de baixo risco e alto valor tendem a ter melhor desempenho, com destaque para instituições financeiras e varejistas. “Passa agora a ser inevitável ter renda variável no portfólio”, afirmou Figueredo, sugerindo que o momento é oportuno para investir na Bolsa. O analista reconheceu os desafios à frente, mas considerou o cenário favorável para exposição ao mercado acionário.