A curva de juros apresentou comportamento divergente nesta quinta-feira, com o mercado dividido entre expectativa de alta de 25 pontos-base ou manutenção da taxa Selic na reunião de junho, enquanto os trechos mais longos recuaram após alteração no comunicado do Copom. O DI curto mostrou resistência, enquanto contratos de prazo mais longo caíram, refletindo a retirada do termo ‘assimetria’ no balanço de riscos, sinalizando possibilidade de corte futuro da taxa básica.
Às 17h20, o DI para janeiro de 2026 registrava 14,795%, ante 14,739% anteriormente, enquanto o contrato para janeiro de 2027 recuava para 13,980%, contra 14,013% no ajuste prévio. O movimento reflete a reavaliação dos investidores após a mudança de tom do Copom, que suavizou seu posicionamento sobre a trajetória dos juros.
O DI para janeiro de 2029 retornou aos patamares do final de novembro de 2024, cotando 13,405%, queda em relação aos 13,541% do ajuste anterior. A desinclinação da curva mostra como o mercado está processando as novas perspectivas para a política monetária, com expectativas mais moderadas para os juros de longo prazo após o comunicado.