O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (2) o relatório “Focus”, que reúne as expectativas do mercado financeiro para a economia brasileira. Os analistas reduziram a estimativa de inflação para 2025, de 5,50% para 5,46%, mantendo-a acima do teto da meta (4,5%). Para os anos seguintes, as projeções permaneceram estáveis ou registraram pequenos ajustes, com destaque para 2026, quando a inflação deve ficar em 4,50%, no centro da meta. O documento também destacou que o sistema de metas contínuas, em vigor desde 2025, exige que o BC mantenha a inflação dentro de uma faixa de tolerância, sob risco de descumprimento formal caso ultrapasse os limites por seis meses consecutivos.
No que diz respeito ao crescimento econômico, a projeção para o PIB em 2025 foi revisada levemente para baixo, de 2,14% para 2,13%. Já para 2026, a expectativa subiu de 1,70% para 1,80%, refletindo um cenário de moderada recuperação. O relatório ainda manteve as estimativas para a taxa básica de juros (Selic), que deve encerrar 2025 em 14,75% ao ano, com redução gradual nos anos seguintes.
Outros indicadores, como a taxa de câmbio e a balança comercial, também foram abordados. O dólar deve fechar 2025 em R$ 5,80, enquanto o superávit comercial foi revisado para US$ 75 bilhões no próximo ano. O ingresso de investimentos estrangeiros diretos permanece estável, com previsão de US$ 70 bilhões anuais em 2025 e 2026. O relatório reforça a importância do controle inflacionário para preservar o poder de compra da população, especialmente diante de pressões econômicas e climáticas que impactam os preços.