Eloá Hazel, de 9 anos, moradora de Jacareí (SP), tem um hiperfoco incomum: elevadores. Desde os 4 anos, a menina, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 2, demonstra fascínio pelo equipamento, memorizando detalhes e associando modelos a prédios que visita. Recentemente, ela realizou um sonho ao conhecer uma fábrica de elevadores em São José dos Campos, onde acompanhou todo o processo de produção, enchendo a família de orgulho e alegria.
O hiperfoco, característica comum em pessoas com TEA, é marcado por uma concentração intensa em um único assunto. No caso de Eloá, essa paixão vai além da curiosidade, tornando-se uma ferramenta de aprendizado e socialização. Especialistas destacam que, quando bem direcionado, o hiperfoco pode ser aproveitado para desenvolver habilidades cognitivas e emocionais, desde que respeitados os limites da criança.
Além do autismo, Eloá enfrentou desafios desde o nascimento devido à Sequência de Pierre Robin, uma condição rara que afeta o desenvolvimento craniofacial. Após anos de acompanhamento médico, a família recebeu o diagnóstico de TEA, focando em garantir sua qualidade de vida. Hoje, a menina é um exemplo de como interesses específicos podem se transformar em motivação e felicidade, inspirando quem convive com ela.