Há 25 anos, o Brasil parou para acompanhar ao vivo o sequestro do ônibus 174 no Rio de Janeiro, um episódio marcado por quatro horas de tensão e um desfecho trágico. Entre as vítimas, uma jovem professora, lembrada por seu dedicação às crianças, perdeu a vida durante a ação policial. Sua história, porém, transcendeu a tragédia: hoje, uma escola em Fortaleza carrega seu nome, simbolizando resistência e esperança, enquanto seu ex-companheiro busca ressignificar a dor revisitando seu legado.
Outras vítimas diretas do episódio também carregam marcas profundas. Uma professora que dividia o cotidiano com a jovem falecida enfrentou sequelas físicas e emocionais, incluindo derrames e limitações que a afastaram do trabalho. Já outra refém, conhecida por uma mensagem escrita com batom na janela do ônibus, superou anos de medo e trauma, reconstruindo sua vida após uma jornada de autoconhecimento.
O sequestro do ônibus 174 expôs falhas sistêmicas e deixou cicatrizes individuais, mas também histórias de resiliência. Duas décadas e meia depois, as vítimas e seus entes queridos seguem transformando a dor em legados de luta e superação, enquanto o país reflete sobre as lições não aprendidas daquele dia.