O desejo de ser mãe ou pai não está mais necessariamente vinculado a estar em um relacionamento. Com os avanços da medicina reprodutiva e mudanças sociais, a maternidade e paternidade solo por produção independente têm se tornado uma realidade. Mulheres e homens que optam por ter filhos biológicos sem um parceiro conjugal estão redefinindo o conceito tradicional de família, enfrentando desafios únicos e vivendo realizações igualmente singulares.
Para mulheres, o caminho mais comum é a utilização de sêmen de doador, seja por inseminação intrauterina (IIU) ou fertilização in vitro (FIV). Já para homens, o processo é mais complexo, envolvendo doação de óvulos e gestação por substituição, regulamentada no Brasil com regras rígidas, como a proibição de compensação financeira para a gestante. O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece critérios como anonimato dos doadores e limites de idade.
Além dos aspectos legais e médicos, a produção independente envolve desafios emocionais e sociais. A decisão exige preparo psicológico e uma rede de apoio sólida, além de reflexão sobre como abordar a origem da criança no futuro. Apesar do preconceito, famílias monoparentais por escolha mostram que o amor e o desejo consciente de formar uma família são as bases de qualquer lar, independentemente de sua configuração.