A Avenida Paulista foi palco da Marcha da Maconha neste sábado (14), reunindo ativistas, artistas e representantes de movimentos sociais em frente ao MASP. Vestidos predominantemente de verde, os manifestantes defenderam não apenas a legalização da cannabis, mas também abordaram temas como violência policial, racismo estrutural e a criminalização de expressões culturais como o funk e o rap. A prisão recente do funkeiro MC Poze do Rodo foi citada como exemplo dessa repressão.
Entre os participantes, Floriano Costa, de 26 anos, emocionou a multidão ao relatar as dificuldades para tratar a epilepsia do filho de três anos com canabidiol, substância derivada da maconha. Ele criticou o alto custo e a burocracia para acessar o medicamento, especialmente para famílias de baixa renda. “Um diagnóstico de epilepsia deveria bastar para garantir o tratamento gratuito no SUS”, afirmou.
O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) também marcou presença, representado por Luciano Carvalho, que vinculou a luta pela legalização da cannabis à resistência contra a discriminação de populações vulneráveis. Durante o ato, o consumo da planta foi observado em diversas formas, mas o evento transcorreu sem incidentes, reforçando a demanda por novas políticas sobre drogas e direitos sociais no país.