Uma expedição liderada por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) encontrou o maior jequitibá-rosa do Brasil na Reserva Biológica da Mata Escura, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. A árvore, com 65 metros de altura e mais de 5 metros de diâmetro, é considerada a maior da Mata Atlântica e estima-se que tenha cerca de 300 anos. A descoberta ocorreu durante o monitoramento de muriquis-do-norte, espécie de macaco ameaçada, e surpreendeu os pesquisadores pela dimensão do exemplar.
A identificação foi possível graças ao uso de drones equipados com câmeras térmicas, que destacaram a copa da árvore devido ao calor do sol. O pesquisador responsável relatou que, mesmo com anos de experiência, nunca havia se deparado com uma árvore tão imponente. Além do jequitibá recordista, outro exemplar de tamanho similar foi encontrado no mesmo local, reforçando a importância da reserva como um reduto de biodiversidade.
A descoberta ressalta a relevância de áreas protegidas para a conservação de espécies raras e ameaçadas. A Mata Escura abriga um dos últimos remanescentes primários da Mata Atlântica, bioma que já perdeu quase 90% de sua cobertura original. A expedição também destacou os desafios logísticos da região, com terrenos íngremes e de difícil acesso, o que torna a preservação ainda mais crucial para futuras pesquisas.