O mês de maio, tradicionalmente dedicado aos trabalhadores, ganha este ano um novo enfoque com os reflexos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no ambiente profissional. Além das discussões clássicas sobre salários e condições de trabalho, a legislação vigente desde 2020 introduziu direitos e obrigações que redefinem as relações laborais no Brasil.
A LGPD, criada para assegurar a privacidade e o tratamento ético de dados pessoais, estabelece regras rigorosas para empresas no manejo de informações de funcionários, como registros médicos e desempenho. Empregadores agora devem justificar a coleta de dados, obter consentimento explícito em casos específicos e adotar medidas de segurança, sob risco de multas que podem chegar a R$ 50 milhões.
Especialistas apontam que a adaptação à lei ainda é desigual entre empresas. Enquanto multinacionais já integram a LGPD a seus protocolos, pequenas e médias empresas enfrentam desafios técnicos e financeiros. O debate ganha relevância neste Dia do Trabalhador, com sindicatos cobrando capacitação para que os direitos garantidos pela lei se traduzam em efetiva proteção aos dados dos profissionais.