Neste Dia das Mães, enquanto muitas celebram com flores e presentes, outras mulheres enfrentam jornadas intensas como cuidadoras de filhos com deficiências, síndromes ou transtornos. Essas mães acumulam funções que vão além da maternidade tradicional, atuando como mediadoras, especialistas improvisadas e defensoras incansáveis da inclusão, em uma rotina de aprendizado e reinvenção diária.
Fernanda Santos, 31 anos, consultora de medicamentos, é um exemplo dessa realidade. Em 2021, ela deixou Ulianópolis e mudou-se para Belém em busca de melhores condições de tratamento para seu filho Calebe Chaves, de 10 anos, diagnosticado com autismo nível 3. A decisão exigiu sacrifícios pessoais e financeiros, mas foi motivada pelo amor incondicional e pela determinação em garantir o melhor desenvolvimento possível para o filho.
Histórias como a de Fernanda se repetem em todo o país, onde mães enfrentam sistemas de saúde precários, falta de acessibilidade e preconceito social. Apesar dos obstáculos, essas mulheres transformam desafios em motivação, criando redes de apoio e se tornando especialistas nas necessidades específicas de seus filhos. Suas trajetórias destacam a urgência de políticas públicas mais eficientes e uma sociedade mais inclusiva.