O presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou oposição nesta terça-feira (17) a uma eventual derrubada violenta do regime iraniano, destacando os possíveis efeitos desestabilizadores no Oriente Médio. Em declarações durante a cúpula do G7 no Canadá, Macron citou as intervenções militares dos EUA e da Otan no Iraque e na Líbia como exemplos de erros que não devem ser repetidos. “O maior erro hoje seria tentar uma mudança de regime no Irã por meios militares, porque isso levaria ao caos”, afirmou.
Os Emirados Árabes Unidos também expressaram preocupação com o risco de escalada regional, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores. O presidente emiratense, xeque Mohamed bin Zayed al-Nahyan, discutiu os ataques de Israel em conversa telefônica com o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Abu Dhabi, que normalizou relações com Israel em 2020, tem buscado mediar o conflito.
Enquanto isso, Israel intensificou as ameaças contra a liderança iraniana. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, comparou o aiatolá Ali Khamenei ao ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, deposto em 2003. Khamenei, isolado após a morte de conselheiros-chave em ataques israelenses, enfrenta desafios para manter a estabilidade interna, segundo fontes próximas citadas pela Reuters.