O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se manifestou sobre a sanção da lei que estabelece o Dia da Amizade entre Brasil e Israel, deixando a promulgação a cargo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A proposta, aprovada pelo Congresso em 29 de maio, teve um prazo de 15 dias úteis para a sanção, que expirou sem resposta do Palácio do Planalto. Com isso, a lei segue automaticamente para promulgação por Alcolumbre, conforme previsto na Constituição, o que levanta questões sobre o impacto dessa decisão nas relações diplomáticas entre os dois países.
A sanção tácita, embora uma prática comum, sinaliza a falta de posicionamento do governo brasileiro em um momento em que as relações internacionais são cruciais. A escolha do dia 29 de novembro para a celebração remete à histórica votação da ONU em 1947 que resultou na criação do Estado de Israel, um marco que reflete a importância das relações diplomáticas e culturais entre Brasil e Israel. O senador Marcelo Crivella, autor do projeto, enfatiza que a data busca fortalecer os laços de cooperação política e comercial, mas a ausência de uma declaração explícita por parte do presidente Lula pode gerar incertezas sobre o futuro dessas relações e a postura do Brasil no cenário internacional.
As implicações futuras dessa promulgação são significativas, especialmente em um contexto global onde alianças políticas e econômicas são constantemente reavaliadas. A falta de um pronunciamento do presidente pode ser vista como uma oportunidade perdida para reafirmar o compromisso do Brasil com Israel, um aliado estratégico no Oriente Médio. À medida que as relações internacionais evoluem, o Brasil poderá enfrentar pressões de diferentes partes, refletindo a complexidade das dinâmicas globais atuais. Este episódio levanta questões sobre a direção da política externa brasileira e deixa os observadores em expectativa sobre como o governo lidará com futuras interações diplomáticas.