O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não participar das manifestações do 1º de Maio em São Paulo, permanecendo no Palácio da Alvorada, em Brasília. A escolha, confirmada por auxiliares nesta segunda-feira (29), repete a estratégia adotada em 2007 e 2008, durante seu segundo mandato, e visa evitar exposição a possíveis baixas adesões.
Segundo relatos de ministros ao Estadão, a esquerda enfrenta dificuldades para mobilizar trabalhadores em números significativos, o que poderia resultar em um evento com pouca participação. O cenário contrasta com as grandes manifestações do passado e reflete a atual fragmentação do movimento sindical.
A decisão também busca desviar a atenção do escândalo no INSS, priorizando uma agenda positiva para a data. Entre as medidas anunciadas está a proposta de extinguir a jornada de 44 horas semanais, tema que deve ser destacado pelo governo como forma de compensar a ausência presencial nos atos.