O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou a queda em sua popularidade durante entrevista ao jornal Le Monde, publicada nesta terça-feira (3.jun.2025). Ele afirmou que precisa estar “100% saudável” para evitar o “retorno da extrema-direita” em 2026. Lula também destacou a importância da democracia e criticou o ambiente de agressividade nas redes sociais, que atribuiu à dificuldade de convencer eleitores sobre os benefícios de seu governo, mesmo com o crescimento do PIB e a queda no desemprego.
Sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, Lula negou contradição entre o discurso ambiental e o apoio ao projeto, argumentando que a riqueza do petróleo financiará a transição energética. O presidente também comentou sobre a COP30, expressando otimismo e criticando a postura do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação ao Acordo de Paris. Ele defendeu que países ricos devem financiar a luta contra as mudanças climáticas.
Em relação a conflitos internacionais, Lula reiterou sua posição sobre a guerra na Ucrânia, atribuindo responsabilidade ao Ocidente, e classificou a situação em Gaza como “genocídio”. O presidente também falou sobre a importância do Brics, destacando que o bloco não busca confronto, mas desenvolvimento e comércio justo. Ele reafirmou a necessidade de uma governança global e do fortalecimento de órgãos multilaterais como a ONU.