O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seu terceiro mandato, mudou sua estratégia em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2025. Após evitar mencioná-lo diretamente no início do governo, referindo-se a ele como ‘o outro’, Lula citou Bolsonaro, seus aliados ou a gestão passada pelo menos 60 vezes entre janeiro e abril deste ano, mais que o dobro de todas as menções em 2024. As declarações ocorreram em pronunciamentos oficiais e eventos públicos.
Em seus discursos, o presidente petista tem associado o adversário político à disseminação de notícias falsas e a uma postura de negação da ciência, temas que se tornaram recorrentes em sua retórica. Analistas políticos apontam que a mudança de tom coincide com a aproximação das eleições municipais e a necessidade de demarcar diferenças com a oposição.
Dados do Monitor Poder360 mostram que as citações à gestão anterior ganharam força especialmente em debates sobre políticas ambientais, direitos sociais e condução da pandemia. Especialistas avaliam que a estratégia busca reforçar contrastes entre os governos, enquanto a base aliada defende que as críticas são respostas necessárias a ataques da oposição.