Houve um período em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agia rapidamente para demitir ministros de seu governo quando escândalos ganhavam visibilidade, segundo análise de especialistas. A medida, comum durante seus mandatos (2003-2010), visava conter danos políticos e isolar a Presidência de investigações.
Observadores destacam que essa estratégia permitia a Lula dissipar críticas enquanto mantinha distância de denúncias que atingiam aliados. O caso mais emblemático foi o de José Dirceu, então ministro da Casa Civil, demitido em 2005 após o escândalo do mensalão, que abalou o primeiro mandato do petista.
O paralelo com o atual cenário político ressurge em discussões sobre o tratamento dado a figuras como o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Analistas comparam o receio atual de críticas ao Judiciário com o temor que parte da imprensa tinha ao abordar José Dirceu no auge de sua influência durante o governo Lula.