O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta terça-feira (17.jun.2025), durante sua segunda intervenção na cúpula do G7 em Kananaskis (Canadá), a implementação de uma taxação sobre os super-ricos. Ele criticou a falta de vontade política para investir na transição energética e na proteção ambiental de países subdesenvolvidos. “A cooperação tributária internacional é outra frente crucial para reduzir desigualdades. Taxar 2% sobre o patrimônio de indivíduos super-ricos poderia gerar US$ 250 bilhões ao ano para enfrentar os desafios sociais e ambientais do nosso tempo”, declarou.
Lula destacou que as despesas militares mundiais aumentaram 9,4% no ano passado, demonstrando a disponibilidade de recursos, mas a ausência de priorização política. Ele também mencionou a redução de 7,1% na Ajuda Oficial ao Desenvolvimento por parte de países ricos em 2024 e os resultados decepcionantes da COP de Baku. O presidente afirmou que o Brasil e o Azerbaijão estão trabalhando no “mapa do caminho Baku-Belém” para reverter esse cenário.
Durante o discurso, Lula anunciou a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que será lançado na COP30, em novembro deste ano, em Belém (PA). “Estamos desenvolvendo uma ferramenta que nos permitirá proteger esses biomas por meio de incentivos positivos, sem recorrer a medidas punitivas. Vai remunerar os serviços ecossistêmicos que prestamos ao planeta”, explicou.