O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta terça-feira (17/6), durante intervenção na Sessão Ampliada da Cúpula do G7, no Canadá, o retorno do protagonismo da Organização das Nações Unidas (ONU) na resolução de conflitos mundiais. Segundo ele, o vácuo de liderança agrava o cenário atual de guerras. Lula destacou a necessidade de o Secretário-Geral da ONU liderar um grupo representativo de países comprometidos com a paz, restituindo à organização o papel de mediadora global.
O presidente citou os conflitos no Oriente Médio, incluindo os ataques de Israel ao Irã, e a guerra entre Ucrânia e Rússia, afirmando que nenhum dos lados alcançará seus objetivos por meio militar. Sobre a Faixa de Gaza, condenou a ‘matança indiscriminada de mulheres e crianças’ e o uso da fome como arma de guerra. Além disso, Lula abordou a segurança energética, destacando o potencial do Brasil em minerais estratégicos, mas alertou contra práticas predatórias que ameacem biomas como a Amazônia.
Em conversa com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, Lula expressou interesse em fortalecer as relações bilaterais entre os países, especialmente em comércio, cultura e clima. Carney elogiou a liderança do Brasil na COP30, marcada para Belém (PA), e se colocou à disposição para apoiar os esforços brasileiros.