O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante a Cúpula do G7, que o ‘vácuo de liderança’ no mundo agrava as ameaças de conflitos globais, como a guerra na Ucrânia e os confrontos no Oriente Médio. O Brasil, que não integra o grupo formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão, participou da sessão ampliada do evento. Lula destacou que os recentes ataques de Israel ao Irã podem transformar o Oriente Médio em um ‘campo de batalha’, com consequências globais.
Em seu discurso, divulgado em transcrição pelo Palácio do Planalto, o presidente brasileiro defendeu que o conflito na Ucrânia não será resolvido por meios militares. ‘Nenhum dos lados conseguirá atingir seus objetivos pela via militar’, disse Lula, que participou do mesmo evento que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Para ele, apenas o diálogo pode levar a um cessar-fogo e a uma paz duradoura.
Sobre a guerra em Gaza, Lula criticou a ‘seletividade na defesa do direito e da justiça’ e condenou a ‘matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças’. Ele afirmou que o uso da fome como arma de guerra é injustificável e lamentou a resistência de alguns países em reconhecer o Estado palestino. ‘Isso evidencia sua seletividade’, concluiu.