O meia Régis, de 32 anos, considerado o principal articulador técnico do Clube do Remo, permanece fora dos gramados após nova lesão muscular que o tirou do clássico contra o Paysandu e deve afastá-lo também das próximas rodadas da Série B. Apesar de atuar com qualidade sempre que é acionado, o jogador ainda não conseguiu se firmar entre os titulares. A recorrência de problemas físicos reacende preocupações antigas sobre sua continuidade em campo. A ausência de Régis acontece em um momento decisivo da competição, quando o Remo busca estabilidade no campeonato e precisa de criatividade no meio-campo.
Régis construiu uma carreira marcada por talento e obstáculos. Revelado como uma promessa capaz de atuar em alto nível, inclusive com passagens por grandes clubes do país, o meia sempre enfrentou dificuldades para manter uma sequência de jogos devido a lesões. Segundo membros da comissão técnica do Remo, o jogador é valorizado internamente por sua visão de jogo e capacidade de decidir partidas, mas sua fragilidade física impõe limites. Em 2023, ele já havia enfrentado um problema semelhante que o afastou por semanas. O técnico auxiliar do clube chegou a explicar que a prioridade tem sido preservar o atleta para momentos estratégicos, o que pode restringir sua evolução como titular absoluto.
A situação de Régis lança luz sobre um dilema recorrente no futebol brasileiro: o equilíbrio entre preservar talentos e explorar seu potencial ao máximo. Com o avanço da temporada, o departamento médico do Remo será desafiado a encontrar um plano de reabilitação mais eficaz para o atleta. A diretoria também pode ser pressionada a buscar reforços se a condição física de Régis não melhorar. Em um cenário mais amplo, sua trajetória reflete os impactos de uma carreira marcada por altos e baixos físicos, algo que atinge muitos jogadores na faixa dos 30 anos. Resta saber se ele conseguirá reverter esse histórico e se consolidar, enfim, como peça central na equipe azulina.